sexta-feira, 19 de agosto de 2011

LOGÍTISCA DIFERENCIADA É VANTAGEM COMPETITIVA A FAVOR DOS PRODUTORES EUROPEUS

  •   Além das excelentes rodovias e ferrovias, homem do campo tem à disposição portos estruturados, como o porto de Roterdã, na Holanda.


A logística diferenciada é uma das grandes vantagens competitivas a favor dos produtores europeus. Além das excelentes rodovias e ferrovias, o homem do campo tem à disposição portos estruturados e gigantescos, onde a eficiência é sinônimo de qualidade. Nesta reportagem da série Agropecuária no Velho Continente, o Canal Rural apresenta o porto de Roterdã, na Holanda, um dos maiores e mais importantes do mundo.
Um lugar moderno, com arquitetura e logística que impressionam. A segunda maior cidade da Holanda, foi praticamente destruída na Segunda Guerra Mundial, o que atualmente é difícil de acreditar. Um monumento em homenagem aos soldados mortos mantém vivo esse capítulo da história. Mas do passado, restaram apenas as lembranças. O trânsito organizado tem largas avenidas, os moradores podem escolher entre os eficientes bondes elétricos ou as saudáveis bicicletas.
Outra opção são as embarcações, que a todo instante cruzam o rio. O complexo portuário, sede de várias empresas e refinarias, fica localizado a 40km da área central. O terminal de cargas indica que se trata de um dos maiores portos do mundo. A estrutura, que se estende por 40 mil hectares, recebe os maiores navios cargueiros do planeta. Cerca de 11 milhões são embarcados ou desembarcados em Roterdã todos os anos, 10% saem do brasil. Tudo funciona em uma sincronia perfeita, com agilidade e eficiência que não permitem comparações com os portos do Brasil.
O porto de Roterdã não tem comparação com os portos do Brasil. A gente vê os nossos portos totalmente diferentes. Aqui, por exemplo, para comparar, nós não vemos filas de caminhões para carregar. E ao contrário, nos portos do Brasil, Paranaguá (PR), por exemplo, tem filas quilométricas. Filas que às vezes vão até Campo Largo (PR), o que é um absurdo. Então, a gente fica muito impressionado com esta eficiência e competência dos administradores dos portos - afirma o presidente do Sindicato Rural de Rolândia (PR), Daniel Rosental.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Clevelândia (PR), Derossi de Jesus Pacheco Carneiro, a Holanda, principalmente Roterdã, tem a maior logística do mundo.

- Isso pode ser percebido pelo volume de cargas, 2 bilhões de dólares vão ser investidos para dar continuidade dos portos daqui. Se nós, brasileiros, não temos competência, não temos esta habilidade para fazer com que os nossos portos sejam mais eficientes, porque nós não fazemos o que é feito aqui? Terceirizando os portos, e passando a ter portos de alta qualidade e portos que sejam eficientes, que tenham alta economia e que beneficiem nosso país.
Navegando pelas águas que dão vida ao porto de Roterdã é impossível não ficar admirado com o tamanho do verdadeiro símbolo de eficiência em logística. Mais impressionante ainda é saber que, apesar de gigante, o porto já está ficando pequeno para atender a demanda que não para de crescer. Para evitar problemas no futuro, os holandeses deram início há três anos às obras de ampliação da estrutura portuária. O objetivo é elevar em pelo menos 70% a capacidade de transportar cargas no local.

Os holandeses querem que em duas décadas, o número de cargas que passam pelo local anualmente, salte de 430 milhões de toneladas para 750 milhões. Para aumentar a área em 20%, vai ser necessário construir terra onde atualmente só existe água. O mar está sendo aterrado, 170 milhões de metros cúbicos de areia já foram retirados do oceano. Até 2031, quando a obra deve estar concluída, serão removidos mais 130 milhões de metros cúbicos.
Segundo o guia do porto de Roterdã, Aord Korzilius, os holandeses sempre fizeram isso com a água.

- É nossa obrigação nos protegermos das forças do mar. A construção de diques e barreiras contra a água é algo que fazemos há centenas de anos. Os primeiros construtores de diques que nós temos conhecimento, eram daqui da zona de Roterdã. Eles já construíam diques por volta do ano 1300. Isso mostra que nós desenvolvemos uma técnica, que agora pode e é exportada para todo o mundo - comenta Korzilius.

O custo total da obra é estimado em 3 bilhões de euros. Antes de ser colocado em prática o projeto ficou duas décadas em estudo. Além da viabilidade, os impactos ambientais também foram levados em conta. Haverá compensação com a construção de parques verdes. Mas para o diretor-presidente do Instituto Ambiental do Paraná, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, o retorno ecológico será pequeno diante dos danos causados ao meio ambiente.


http://www.midianews.com.br/?pg=noticias&cat=2&idnot=60228

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